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Mostrando postagens de outubro, 2008

Escandinávia, uma pedra no sapato

Os nórdicos são sempre uma pedra no sapato dos economistas. Não sei o que causa o sucesso deles, mas não deixa de ser engraçado os propósitos de um centro de estudos em igualdade, organização social e desempenho econômico da Universidade de Oslo. Muitos pesquisadores conhecidos como Acemoglu, Robinson, Bowles e Loewenstein são associados a esse centro. Segundo o site deles: The Nordic countries seem to violate what the economics profession views as necessary requirements for an economy to prosper. They have too small wage differences, too high taxes, too large public sectors, too generous welfare states, and too strong unions. Despite of these violations, they have for decades been doing extremely well. What most economists see as a recipe for serious economic trouble seems, in the Nordic countries, to be consistent with high growth, low unemployment, low inequality, and a fairly efficient allocation of resources. How come? Has economics got it wrong? Or, is it rather a question a

Conferência no Uruguai: algumas impressões de minha estréia em eventos acadêmicos internacionais

Acabo de voltar de Montevideo, capital do Uruguai, onde ocorreu a II Conferência sobre Desenvolvimento Humano e a Abordagem das Capacitações. Cheguei na segunda e dei muitos passeios pelas ruas da Ciudad Vieja de Montevideo. Mas na quarta, começou a coisa séria: iniciou-se a conferência. Houve excelentes palestras sobre a temática da desigualdade e do desenvolvimento humano. O evento contou com a presença de pessoas de renome nesse assunto. A filósofa Adela Cortina de Valencia e meu ex-professor Flávio Comim lançaram algumas questões polêmicas para o público sobre a abordagem de Amartya Sen. Sabina Alkire (Oxford) também foi muito bem, atualizando-nos na fronteira das tentativas de mensuração de pobreza multidimensional. Um bom expositor também foi Francisco Ferreira, brasileiro no Banco Mundial e ex-professor da PUC-Rio, que mostrou um trabalho empírico sobre mensuração da desigualdade de oportunidades baseado em um belo modelo de John Roemer. (Os filósofos sempre se surpreendem com a

Krugman

Saludos del Uruguay. Estou em um pequeno hotel na Ciudad Vieja de Montevideo e usando um teclado espanhol. Desculpem os erros ortográficos nao intencionais. Daqui, escrevo um post para dizer que o prêmio para Krugman me parece justo. Alguns podem nao gostar do que ele escreve no New York Times ou de suas posicoes politicas. Mas suas contribuicoes sao inegáveis do ponto de vista acadêmico. Acredito que poucos discordariam. A fundamentacao científica com um pequeno survey sobre estudos de comércio e Nova Geografia Econômica, os assuntos que Krugman trabalhou, está aqui apresentada no site oficial . Bom, este blog errou. Apostei em Barro porque acreditava que a militância polìtica de Krugman atrapalhá-lo-ia. Ledo engano.

E o Nobel?

A família de Alfred Nobel não gosta muito do pretenso Nobel em Economia. Não obstante, ele ganhou status de Nobel, mesmo não sendo um prêmio instituído por Alfred e sim uma criação do Banco Real Sueco. Na segunda que vem, anuncia-se o vencedor e as apostas obviamente já começaram. Há muito se fala em Fama. Confesso que nunca li nada desse economista. Outros que aparecem fortes nas apostas são Robert Barro, Thomas Sargent, Peter Phillips, Jean Tirole, Lars Hansen, entre outros. Recentemente, muitos prêmios foram dados ao pessoal que trabalha com teoria dos jogos. Também não acho que o pessoal de Finanças como Fama leve o prêmio. Possivelmente, teremos um econometrista ou um macroeconomista, embora Phelps tenha sido premiado há dois anos. Podemos, no entanto, ser surpreendidos. É evidente que economistas como Krugman merecem tal prêmio. No entanto, ao tornar-se um ativista político, Krugman pode ter praticamente abdicado do prêmio, embora suas contribuições à Economia Internacional e à

Mentiras e princípios em debate

Escrevi um pequeno e didático texto (pelo menos eu queria que fosse didático) tomando posição contrária a uma ética puramente baseada em princípios. O exemplo foi a questão da mentira. Este texto gerou um pequeno debate na internet, com o post do Richard em resposta ao meu e, posteriormente, com o post do Igor . Em resposta ao Igor, Richard rebateu . É um debate interessante para aqueles mais amigos da filosofia (amigo da filosofia é algo redundante, mas enfim). Os economistas strictu sensu não precisam se arriscar.